terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Despedida órfica

Não voltarás.
Durante a fuga, eu, sofrendo saudade,
voltei meus olhos para trás.

Tu, enfeitiçada pelo deus dos mortos,
não suportaste meu olhar,
embora eu só quisesse o teu.

Adeus, metade amada de minh’alma.

Adeus.

Adeus ontem.

Adeus hoje.

Adeus amanhã,
que a falta
é uma maldição divina
que faz da despedida

uma

morte

sempre contínua.

Leonardo Ramos.

3 comentários:

  1. Leo,

    você escreveu um poema simples. E simplesmente maravilhoso. Queria tê-lo escrito. O desfecho ficou formidável. Parabéns!

    Grande abraço

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  2. Uma morte sempre contínua... é, é isso aí.

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